Pelo menos 622 pessoas morreram e mais de 1.500 ficaram feridas depois de um terremoto no Afeganistão no domingo (31.ago.2025). O tremor foi registrado às 23h47 no horário local (16h17 em Brasília) e pôde ser sentido em várias províncias do leste do país.
O sismo, de magnitude 6,0, atingiu a região próxima à fronteira com o Paquistão, afetando especialmente as províncias de Nangarhar e Kunar, com epicentro perto de Jalalabad e profundidade estimada em 10 km. A força do abalo provocou o desmoronamento de moradias tradicionais construídas com barro e pedra, mais vulneráveis a tremores dessa intensidade. As informações são da agência Reuters.
Segundo a Reuters, 3 aldeias foram completamente destruídas em Kunar. Imagens divulgadas pela mídia local mostram áreas inteiras reduzidas a escombros e moradores utilizando as próprias mãos para tentar retirar sobreviventes.
Em Cabul, capital do país, autoridades de saúde relataram que equipes de resgate correm contra o tempo para chegar a povoados remotos. A dificuldade de acesso é agravada pela precariedade das estradas e pela falta de recursos logísticos.
As autoridades alertaram que o número de mortos deve aumentar nas próximas horas. De acordo com o governo, dezenas de casas permanecem sob os escombros. Helicópteros são usados para transportar feridos em estado grave até hospitais da capital e de Jalalabad.
A província de Nangarhar já havia sido atingida na semana passada por fortes inundações, que deixaram 5 mortos e destruíram áreas residenciais e terras agrícolas.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores declarou que nenhum governo estrangeiro ofereceu ajuda para as operações de resgate até o momento, apesar da gravidade da situação.
O Afeganistão está localizado em uma das regiões mais sísmicas do mundo, a cordilheira do Hindu Kush, onde se encontram as placas tectônicas indiana e eurasiana. Em 2024, uma série de terremotos no oeste do país deixou mais de 1.000 mortos, reforçando a vulnerabilidade do país a catástrofes naturais.