Um episódio de violência motivada por racismo e transfobia marcou a madrugada do último sábado (30), em Belém. O acusado é Lorenzo Barbosa, praticante de artes marciais, apontado como autor do soco que atingiu o rosto de uma das vítimas dentro do Rebuw Bar e Restaurante, após uma série de hostilidades contra um grupo de amigos negros e LGBTQIA+.
Segundo relato das vítimas, a confusão começou ainda na noite de sexta-feira (29), quando um grupo de homens e mulheres brancos passou a encarar e lançar comentários preconceituosos. As ofensas se agravaram com falas transfóbicas, como “arranca a peruca dela”, direcionada a uma mulher trans, e “vire mulher de novo”, dita a um homem trans.
Ao intervir em defesa dos amigos, uma das vítimas foi agredida com um soco desferido por Lorenzo Barbosa. Após o ataque, o lutador deixou o local. O episódio foi descrito pelas vítimas como “humilhante” e “constrangedor”, evidenciando a vulnerabilidade de pessoas negras e LGBTQIA+ em espaços públicos.
A vítima que levou o soco decidiu tornar o caso público. “Racismo e transfobia não são opiniões ou discussões de bar, são crimes previstos em lei. Não vamos nos calar, seguimos exigindo respeito, responsabilização e justiça”, declarou.
Racismo e transfobia são crimes
No Brasil, o racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89. Desde 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a homofobia e a transfobia ao crime de racismo, ampliando a possibilidade de punição.
O caso deverá ser registrado formalmente e investigado pelas autoridades competentes.
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