Ministro da Fazenda vai disputar cargo no maior colégio eleitoral do país, com acordo de retorno ao governo caso Lula seja reeleito, segundo fontes políticas
Sandra Venancio – Jornal Local – Foto Joedson Alves
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve entrar na disputa eleitoral em São Paulo em 2026, ainda sem definição sobre se concorrerá a governador ou senador. Segundo fontes políticas, Haddad firmou acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: caso seja derrotado na eleição e Lula reeleito, retornará ao cargo de ministro após a campanha.
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Nos últimos meses, Haddad intensificou sua presença na mídia, participando de entrevistas sobre temas centrais como combate às desigualdades sociais e políticas econômicas internacionais, em especial relacionadas aos Estados Unidos. A estratégia é vista como preparação para consolidar um palanque competitivo em São Paulo, cenário chave para fortalecer as chances de reeleição de Lula em 2026.
O PT entende que o maior colégio eleitoral do país é decisivo tanto para eleições estaduais quanto para a Presidência. A escolha de Haddad visa garantir um palanque forte e competitivo, ampliando a base de apoio do presidente.
Além disso, a articulação política do partido busca neutralizar possíveis candidatos da direita, como o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos). Parlamentares pró-Tarcísio têm estimulado o governador a disputar a Presidência, mas a estratégia de Lula e Haddad é testar sua capacidade eleitoral em São Paulo e consolidar a influência do PT no estado.
Fontes políticas afirmam que a movimentação de Haddad também é uma resposta às disputas internas do partido e ao risco de fragmentação da base aliada. A definição do cargo exato que disputará deverá ser tomada nos próximos meses, à medida que o calendário eleitoral se aproximar.
Estratégia e contexto eleitoral
São Paulo segue sendo um tabuleiro estratégico para o PT, decisivo tanto para a eleição presidencial quanto para consolidação de aliados estaduais e federais.
Haddad reforça sua imagem nacional ao tratar de desigualdades sociais e tarifas internacionais, ampliando visibilidade junto ao eleitorado paulista.
O acordo com Lula garante que, caso a eleição seja perdida, o ministro retorne ao cargo, mantendo relevância política.
A movimentação ocorre em paralelo à preparação de Tarcísio Gomes de Freitas, que ainda pode disputar a Presidência em 2026.