Foto: Ag. Belém e Reprodução
A gestão de Igor Normando (MDB) deu mais um passo no processo de privatização da saúde com a divulgação do resultado da seleção das organizações sociais (OSs) que irão administrar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município. O edital foi publicado em 28 de maio, e o resultado final saiu no dia 20 de agosto.
O Instituto Diretrizes ficou responsável pela UPA de Icoaraci e pela UPA da Marambaia, ambas com pontuação máxima. A entidade já administra hospitais estaduais, como o Oncológico Infantil e os regionais de Paragominas, Tucuruí, Abaetetuba e o Materno-Infantil de Barcarena.
A Associação de Saúde, Esporte, Lazer e Cultura (ASELC) venceu para gerir a UPA da Terra Firme e a do Jurunas. A empresa administra o Hospital Geral de Parauapebas, e os regionais de Castanhal, do Araguaia e de Rio Maria.
O que chama atenção é o perfil da Associação Cuidar Amazônia, que ficará à frente da UPA da Sacramenta. Fundada em 2024, com apenas oito meses de existência, a entidade praticamente não possui histórico em gestão de urgência e emergência. Seu presidente é o advogado Luiz Gustavo Silva Cativo Nunes. O próprio documento da Comissão de Seleção indica que a OS foi dispensada de diligência “por ser recém-constituída”. Apesar disso, recebeu pontuação máxima e foi considerada apta a administrar uma unidade que lida diariamente com casos de risco de vida.
Sindicato cobra transparência
O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) manifestou apoio aos profissionais da UPA da Sacramenta, que enfrentam instabilidade após a saída da empresa ON Saúde e a entrada da nova OS.
Em nota, a entidade exige da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) transparência e soluções imediatas, para que nenhum médico seja prejudicado e a população não sofra com a descontinuidade do atendimento.
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