Advogado diz que não falou com Bolsonaro na véspera de defesa no STF

O advogado Celso Vilardi, que representa Jair Bolsonaro (PL), disse nesta 4ª feira (3.set.2025) que não conversou com o ex-presidente na véspera da sessão da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), ao ser questionado por jornalistas ao chegar ao tribunal. Em seguida, afirmou que fará uma “defesa técnica e criteriosa” ao apresentar os argumentos da defesa.

Vilardi dividirá o tempo de sustentação oral com Paulo Cunha Bueno. Ambos devem reiterar que não houve prática de atos concretos e que as discussões tratadas se limitavam a alternativas previstas na Constituição. A defesa também pretende reforçar críticas à colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, considerada sem consistência.

Assista à chegada dos advogados de Bolsonaro ao STF (2min39):

Assista ao 2º dia de julgamento:


Como foi o 1º dia de julgamento

Assista ao 1º dia de julgamento:


JULGAMENTO DE BOLSONARO

A 1ª Turma do STF julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado. A análise do caso pode se alongar até 12 de setembro.

Integram a 1ª Turma do STF:

  • Alexandre de Moraes, relator da ação;
  • Flávio Dino;
  • Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma;
  • Cármen Lúcia;
  • Luiz Fux

Bolsonaro indicou 9 advogados para defendê-lo.

Os 3 principais são Celso Villardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser. Os demais integram os escritórios que atuam na defesa do ex-presidente.

Além de Bolsonaro, são réus: 

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro de Segurança Institucional;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil. 

O núcleo 1 da tentativa de golpe foi acusado pela PGR de praticar 5 crimes: organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. 

Se Bolsonaro for condenado, a pena mínima é de 12 anos de prisão. A máxima pode chegar a 43 anos

Se houver condenação, os ministros definirão a pena individualmente, considerando a participação de cada réu. As penas determinadas contra Jair Bolsonaro e os outros 7 acusados, no entanto, só serão cumpridas depois do trânsito em julgado, quando não houver mais possibilidade de recurso.

Por ser ex-presidente, se condenado em trânsito julgado, Bolsonaro deve ficar preso em uma sala especial na Papuda, presídio federal em Brasília, ou na Superintendência da PF (Polícia Federal) na capital federal.