A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) aprovou por unanimidade, na última terça-feira (2), o Projeto de Lei 758/2023, que reconhece a obra do músico Manoel Cordeiro como patrimônio cultural e imaterial do estado. A proposta, de autoria da deputada Lívia Duarte (PSOL), agora depende da sanção do governador para entrar em vigor.
Natural de Ponta de Pedras, no Marajó, Manoel Cordeiro acumula 57 anos de carreira, iniciada aos 12 anos. Multi-instrumentista, compositor, arranjador e produtor, já assinou cerca de mil discos e trabalhou com artistas como Fafá de Belém, Pinduca, Beto Barbosa e Roberta Miranda. O músico também foi responsável por sucessos da banda Warilou e da lambada, além de conquistar prêmios nacionais e indicações ao Grammy Latino.
Durante a votação, a deputada Lívia Duarte destacou a importância de homenagear artistas ainda em vida, ressaltando que Cordeiro é um dos grandes representantes da cultura amazônica. “É muito bom que reconheçamos os nossos gigantes em vida. Tenho orgulho de propor esse título a uma pessoa tão importante à nossa música e à nossa arte”, afirmou.
Em turnê pelo país com o projeto Sonora Brasil, do Sesc, Manoel Cordeiro recebeu a notícia da aprovação em Santa Catarina e demonstrou emoção. Aos 70 anos, disse que encara o reconhecimento como resultado de uma vida dedicada à música e à cultura. “Ô meu Deus, como valeu a pena! A vida presta! Estou chegando aos 70 anos cheio de energia para continuar trabalhando e vendo o que posso fazer pela música, pela arte e pela vida”, declarou.
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