Dia da Amazônia: Pesquisadora ressalta a importância da conservação das florestas de Carajás

Dia da Amazônia: Pesquisadora ressalta a importância da conservação das florestas de Carajás

Dia da Amazônia: Pesquisadora ressalta a importância da conservação das florestas de Carajás

Foto: (João Marcos Rosa / ICMBio)


O Dia da Amazônia: Conservação das Florestas de Carajás

Na manhã desta quinta-feira (05/08), Dia da Amazônia, uma pesquisadora discutiu os resultados de estudos sobre as florestas de Carajás, no sudeste do Pará, em entrevista à Rádio Arara Azul FM, com o repórter Laércio de Castro, da Unidade Móvel do Programa Alerta 96.

O mosaico florestal da região, que reúne seis unidades de conservação protegidas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com apoio da empresa Vale S.A., cobre cerca de 800 mil hectares o equivalente a 800 mil campos de futebol e desempenha papel crucial na manutenção do carbono estocado na vegetação e no solo.

Estoque de carbono e impacto ambiental

De acordo com Rosane Cavalcante, pesquisadora responsável pelo estudo, a área mantém aproximadamente 600 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Esse volume equivale às emissões anuais de cerca de 140 milhões de carros populares movidos a gasolina, destacando a importância da preservação para o combate às mudanças climáticas e ao aquecimento global.

O estudo foi desenvolvido dentro do projeto Inventário de Emissões e Remoções de Carbono devido às Mudanças de Uso da Terra, que busca medir os impactos do uso do solo setor responsável por grande parte das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. O projeto envolve profissionais de diferentes áreas, como engenharia civil, biologia e engenharia florestal, com abordagem multidisciplinar.

Principais descobertas

Segundo Rosane, a pesquisa revelou que as maiores árvores da Floresta Nacional de Carajás, aquelas com diâmetros superiores a um metro, concentram 33% do estoque de carbono da vegetação. Entre as espécies mais significativas estão o cinzeiro, a timborana e a castanheira, algumas com mais de 40 metros de altura.

Além disso, o estudo reforça que a restauração de áreas desmatadas e o manejo adequado de terras já utilizadas são essenciais não apenas para aumentar o estoque de carbono, mas também para preservar a biodiversidade, regular o clima e manter o fluxo hídrico dos rios, evitando erosão do solo.

Reflorestamento como estratégia de mitigação

Rosane destaca, assim, que o reflorestamento contribui significativamente para a mitigação das mudanças climáticas. Além disso, durante o crescimento, as árvores removem carbono da atmosfera por meio da fotossíntese, armazenando-o em troncos, folhas, raízes e solo superficial.

Portanto, “conservar florestas e reflorestar áreas degradadas é fundamental para minimizar os impactos das mudanças climáticas e manter a sustentabilidade ambiental”, afirmou a pesquisadora.

Olhar para a paisagem e planejamento territorial

Sendo assim, o estudo recomenda que gestores adotem um planejamento territorial integrado, considerando a preservação, a restauração e o manejo de áreas para múltiplos objetivos, como a conservação de carbono, a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. Além disso, florestas primárias, por exemplo, possuem estoques de carbono altíssimos e por isso exigem atenção especial.

Assim, segundo a pesquisadora, iniciativas como essa reforçam ainda mais a importância de proteger o bioma amazônico, especialmente em áreas dentro do arco do desmatamento, consequentemente garantindo benefícios ambientais locais e globais.

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