FEMINICÍDIO – Caso Maria Benedita choca a pacata Gurupá, no Marajó; vídeos

O corpo de Maria Benedita Pombo, de 32 anos, foi localizado na tarde da última segunda-feira (1º) no Rio Amazonas, em Gurupá, no Arquipélago do Marajó. A vítima estava desaparecida desde o dia 27 de agosto.

A Polícia Militar informou que o cadáver foi encontrado boiando nas proximidades da orla da cidade. Policiais civis e militares fizeram a remoção, deixando a população da pacata cidade em choque.

Familiares da vítima reconheceram o corpo e confirmaram que a mulher estava desaparecida há 5 dias, mas até então os detalhes do sumiço dela eram desconhecidos.

Em nota, a Polícia Civil comunicou que a Delegacia de Gurupá apurava as circunstâncias da morte. “Perícias foram solicitadas e testemunhas são ouvidas para auxiliar nas investigações”, informou.

Reviravolta

Na tarde de quarta-feira (3), o marido de Maria Benedita, que não teve o nome divulgado, foi detido após prestar depoimento na Delegacia de Gurupá. Segundo informações de autoridades, durante o depoimento ele se tornou o principal suspeito do crime, vindo a confessar horas depois que a afogou no rio por não aceitar o término do relacionamento, motivo desconhecido por familiares e amigos da vítima.

Na quinta-feira (4), a Justiça decretou a prisão preventiva do homem, causando revolta em populares, que tentaram linchá-lo, mas foram contidos por agentes da polícia.

O combate ao feminicídio

A prevenção do feminicídio envolve ações multifacetadas, como a ampliação e a melhoria dos serviços de apoio às vítimas (como o Disque 180), o investimento em educação para desconstruir desigualdades de gênero, a criação de mecanismos de monitoramento e a efetivação de políticas públicas eficazes, incluindo o atendimento e o acolhimento de qualidade às mulheres em situação de violência. Além disso, é crucial a mudança de comportamento de agressores por meio de políticas de longo prazo e a responsabilização do Estado e da sociedade pela naturalização da violência.

A Prefeitura de Gurupá, através da prefeita Iracilda Alho (MDB), que é uma grande defensora da causa pelas mulheres, reforçou a campanha após o caso de Maria Benedita e deu todo o suporte para as autoridades competentes, auxiliando nas investigações.

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