Presidente Lula reforça que o Brasil pertence ao seu povo; público destacou orgulho nacional e a importância de transmitir valores de soberania às novas gerações
Por Sandra Venancio
O tradicional Desfile Cívico-Militar do 7 de Setembro levou cerca de 45 mil pessoas à Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), neste domingo. Sob o lema “Brasil Soberano”, a celebração da independência teve duração aproximada de duas horas e foi organizada em três eixos temáticos: Brasil dos Brasileiros, COP30 e Brasil do Futuro.
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O evento contou com a participação das Forças Armadas — Marinha, Exército e Aeronáutica — e a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de ministros e outras autoridades. Em pronunciamento transmitido na véspera em cadeia nacional, Lula reafirmou a soberania do país:
“Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro. Mantemos relações amigáveis com todos os países, mas não aceitamos ordens de quem quer que seja. O Brasil tem um único dono: o povo brasileiro”, disse.

e outra de 70m2 escrita “Brasil Soberano”. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Orgulho nacional e memória histórica
Entre os milhares de presentes, famílias inteiras aproveitaram para prestigiar a data e reforçar valores de identidade nacional. O professor de farmacologia Gustavo Menezes, 50 anos, viajou de Porto Alegre (RS) para Brasília com esposa e filhos. “É a primeira vez da família na capital. Considero de extrema importância, pelo momento do país, participar do desfile e mostrar para as crianças o valor da soberania”, afirmou.
De volta ao Distrito Federal após quase duas décadas, a assistente administrativa Érica Souza da Silva, 37 anos, ressaltou a simbologia do ato: “É uma oportunidade de rever a nossa cultura e a nossa independência frente ao mundo. É um orgulho poder estar aqui novamente”.
A bancária Jandira dos Santos Silva, 51 anos, destacou a responsabilidade de transmitir amor à pátria às futuras gerações. “Eu sou aquela brasileira apaixonada por ser brasileira. Faço questão de colocar na cabeça das crianças, desde cedo, a importância de valorizar o país em que vivem. Nós somos uma nação incrível, não precisamos ser doutrinados ou controlados por outros países”, declarou.
Já a arquiteta Eliana Gomes, 49 anos, saiu de Vitória (ES) para trazer o filho Arthur, de 10 anos, que estuda a história do Brasil. “Ele gosta muito do tema e achamos importante ele ver de perto um momento que conecta o aprendizado da escola com a realidade do país”, contou.
Desfile e futuro
O ato em Brasília buscou reforçar não apenas a memória da independência, mas também a ideia de um Brasil voltado para o futuro, autônomo em suas escolhas políticas, sociais e ambientais. Entre tanques, tropas e apresentações, o recado que ecoou da Esplanada foi de soberania e pertencimento: o Brasil não se curva a pressões externas e mantém como único dono o seu povo.