O advogado Geovane Oliveira Gomes, que atua na defesa de Gilvan Ferreira de Sousa, acusado de matar Jonatan Marques Queiroz a tiros na madrugada desta quarta-feira (10), negou envolvimento amoroso entre o cliente e a ex-esposa da vítima. Ele também sustentou que a morte ocorreu em legítima defesa. O caso ocorreu em um hotel no Bairro Beira Rio, em Parauapebas.
Segundo o advogado, Jonatan e a ex-esposa estavam separados e a mulher tinha uma medida protetiva contra o homem, expedida pela Justiça em 31 de agosto.
O defensor também mostrou à reportagem vídeos e áudios que mostram Jonatan ameaçando a ex-mulher e outras pessoas. Esses conteúdos não serão divulgados para não expor pessoas que não têm relação com o caso.
Embora a defesa alegue legítima defesa, Gilvan foi autuado em flagrante por homicídio e segue preso, aguardando audiência de custódia.

ANTES DOS TIROS
De acordo com a versão apresentada pela defesa, Gilvan e a ex-mulher de Jonatan são amigos e saíram de Canaã dos Carajás para Parauapebas com a intenção de registrar uma nova denúncia contra o ex-marido, que, mesmo após a separação, continuava a ameaçar a ex-companheira.
Os dois chegaram à cidade por volta das 23 horas e decidiram formalizar a denúncia apenas na manhã seguinte, o que os levou a se hospedarem no hotel onde o crime ocorreu. Ainda segundo a defesa, por volta das 5 horas da madrugada seguinte, Jonatan teria arrombado a porta do quarto e surpreendido ambos.
MORTE
Jonatan Marques Queiroz foi morto com disparos de arma de fogo na cabeça após discutir e entrar em luta corporal com Gilvan. Em entrevista ao Correio de Carajás, após ser detido, Gilvan alegou ter sido surpreendido por Jonatan, que o agrediu fisicamente. Para se defender, disse, usou a arma que carregava consigo. Ele reforçou que “sempre anda armado”.
Gilvan negou que tivesse envolvimento amoroso com a ex-mulher de Jonatan. Ele afirmou ser apenas amigo dela e acrescentou que é casado. Morador do Maranhão, ele estaria hospedado na casa da irmã, em Canaã dos Carajás.

Segundo a Polícia Militar, horas antes, Jonatan havia procurado a Delegacia de Polícia Civil e registrado um boletim de ocorrência informando o furto de sua caminhonete. Mais tarde, localizou o veículo no estacionamento do hotel e foi até o local. Em um dos apartamentos, encontrou a ex-mulher e Gilvan.
De acordo com o tenente Carias, a mulher relatou que estava separada do marido e que ele não aceitava o fim da relação. Ela teria ido na caminhonete do casal até Canaã dos Carajás e, ao retornar para Parauapebas, seguiu para o hotel, onde estava com Gilvan.
No hotel, a PM apreendeu munições e o revólver calibre .38, usado contra a vítima, que foi atingida na região da nuca e morreu ainda no local.
A arma, Gilvan e a mulher foram conduzidos à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas. A Polícia Científica realizou os procedimentos periciais e o corpo de Jonatan foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML).
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