O julgamento dos réus acusados de matar o vendedor de joias Edilson Pereira de Sousa, em abril de 2021, em Marabá, terminou por volta de 3 horas da madrugada desta sexta-feira (12). Cinco deles foram condenados a mais de 70 anos de prisão, somando-se todas as penas.
O caso mais curioso é da idosa Maria da Paz Silva Ferreira, a Da Paz, apontada como articuladora para atrair a vítima até sua residência, foi condenada a 13 anos de reclusão por homicídio qualificado. Todavia, no ato de leitura da sentença, ela não estava presente e foi delcarada pelo juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Belém como foragida.
Oinotna Silva Ferreira, a “Tina”, filha de Da Paz, que confessou a participação no crime e admitiu ser a mandante, recebeu a pena mais alta, com 21 anos de prisão e 20 dias-multa pelos crimes de homicídio, furto qualificado e ocultação de cadáver. Raphael Ferreira de Abreu foi condenado a 17 anos de reclusão, com reconhecimento da qualificadora de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

A blogueira Gabryella Ferreira Bogéa, mais conhecida em Marabá, foi sentenciada a 12 anos, 3 meses e 29 dias de prisão, além de 20 dias-multa, pelos crimes de homicídio, furto qualificado e ocultação de cadáver. BrunoGleander Barbosa França recebeu pena de 8 anos e 6 meses de reclusão, além de 10 dias-multa, também pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Todos deverão cumprir as penas em regime inicial fechado.
Durante o julgamento, realizado sob condução do juiz Murilo Lemos Simão, foram ouvidas mais de 10 testemunhas. A sessão contou com debates entre a acusação, que sustentou a participação direta de todos os réus, e as defesas, que apontaram falhas nas investigações e pediram absolvições e condenações. O Ministério Público pediu a condenação dos seis acusados; apenas Mateus Mendes foi absolvido.
RELEMBRE O CASO

O caso ganhou grande repercussão em Marabá desde abril de 2021, quando o corpo do vendedor de joias foi encontrado no Rio Itacaiunas, dois dias após seu desaparecimento. As investigações apontaram que a motivação do crime estaria ligada a uma dívida de cerca de R$ 1,9 milhão entre Edilson e Oinotna.
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