PC aponta sócio como mandante de assassinato de empresário em Castanhal

A Polícia Civil do Pará revelou, em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (12), detalhes da investigação sobre o assassinato do empresário Estevão Neves Pinto, de 41 anos, executado com um tiro na nuca na frente das filhas no último dia 5 de setembro, em frente a um colégio no centro de Castanhal, nordeste paraense.

O crime, que chocou a cidade pela brutalidade, foi motivado por uma dívida de cerca de R$ 12 mil, segundo as autoridades. Rafael Mota Ribeiro, sócio e suposto amigo da vítima, foi preso preventivamente como mandante do homicídio, enquanto o atirador, identificado como Matheus Lopes de Abreu, também foi detido.

De acordo com o delegado Pedro Rocha, titular da Delegacia de Homicídios de Castanhal, Rafael não apenas planejou o crime, mas participou ativamente de sua execução.

“O atirador, após ser preso, informou que Rafael foi quem deu a fuga para os executores de volta para a cidade de Benevides. Ele levou a moto utilizada no crime para os executores e, após o homicídio, conduziu o veículo que os transportou, saindo da moto para um carro”, detalhou Rocha. As investigações apontam que Rafael organizou a logística do crime e esteve diretamente envolvido na fuga dos executores, composta pelo atirador e pelo condutor da motocicleta.

O crime ocorreu na manhã do dia 5, quando Estevão, dono de lojas de peças de motos e bicicletas, deixava suas filhas em uma escola no centro de Castanhal. Ele foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta, que efetuaram o disparo fatal na nuca.

A frieza do assassinato, cometido na presença das filhas da vítima, chocou o Pará. Rafael, descrito como calculista, chegou a comparecer ao velório de Estevão, chorando ao lado do corpo, em uma tentativa de afastar suspeitas, segundo a polícia.

Investigação e prisões

A Polícia Civil agiu rapidamente para identificar os envolvidos. Câmeras de segurança foram fundamentais para localizar o atirador, Matheus Lopes de Abreu, preso em Santa Maria do Pará enquanto tentava fugir para São Paulo em uma carreta Bitrem. “Nós chegamos primeiro ao atirador. Identificamos ele logo no primeiro momento. Depois, verificamos o deslocamento do veículo e chegamos aos demais. A imagem do veículo usado no crime foi registrada saindo da residência do Rafael”, explicou o delegado Pedro Rocha.

As investigações também identificaram o condutor da motocicleta, que, assim como o atirador, é de Benevides. A polícia está mobilizada para localizá-lo e efetuar sua prisão.

Além disso, outra pessoa está sendo investigada por possível envolvimento, mas as autoridades optaram por não divulgar mais detalhes para preservar o andamento do inquérito. “Todos os dois, tanto o atirador quanto o motociclista, são do município de Benevides. Estamos trabalhando para prendê-los”, afirmou Rocha.

Motivação e impacto

A motivação do crime, segundo a Polícia Civil, está relacionada a uma dívida de aproximadamente R$ 12 mil entre Rafael e Estevão, que eram sócios em negócios no setor de peças para motocicletas. A relação de amizade entre os dois, que deveria ser marcada por confiança, teria sido usada por Rafael para planejar a execução com precisão, o que torna o caso ainda mais chocante.

Estevão Neves Pinto era uma figura conhecida em Castanhal, onde sua rede de lojas era referência no ramo. Sua morte gerou grande comoção na cidade, com manifestações de pesar nas redes sociais e pedidos por justiça. A comunidade local, ainda abalada pela violência do crime, acompanha de perto os desdobramentos da investigação.

Rafael Mota Ribeiro e Matheus Lopes de Abreu estão presos e devem responder por homicídio qualificado. A Polícia Civil segue apurando se há outros envolvidos na trama criminosa e aguarda os resultados de perícias para consolidar as provas.

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