Empate horroroso em jogo ruim mantém Papão na zona

É um tormento infindável e a cada jogo o time parece mais travado. Falta tudo: qualidade técnica, disposição, tranquilidade e conjunto. Tem horas que se vê um amontoado de jogadores batendo cabeça e sem saber o que fazer com a bola, errando passes de meio metro. Com esse cenário, a partida deste sábado à tarde, contra o América Mineiro no Mangueirão, mostrou a mesmice do Paysandu nesta Série B. O empate “premiou” a ruindade. E quem pagou o ingresso bem que poderia exigir a devolução do dinheiro.

Nos pés dos jogadores do Papão, a bola padeceu: chutes descalibrados, para bem longe da trave adversária e até para a lateral. Um festival de horrores. O resultado mantém o clube na lanterna da competição.

O resultado mantém os times em situação delicada na tabela: o Coelho segue na zona de rebaixamento, na 17ª colocação, com 27 pontos, enquanto o Papão continua afundado na lanterna, agora com 22 pontos. O confronto foi marcado por muita disputa física, excesso de erros técnicos e poucas chances claras de gol.

O primeiro tempo teve todos os elementos de um confronto direto contra o rebaixamento: nervosismo, excesso de erros técnicos e muita disputa física. A etapa inicial terminou sem gols, refletindo o momento delicado vivido por Papão e Coelho na Série B.

Logo no início, os donos da casa assustaram. Aos 11 minutos, Maurício Garcez aplicou uma caneta pela esquerda e quase abriu o placar em jogada que terminou com cabeceio de Diogo Oliveira à direita de Gustavo. A resposta americana veio na sequência, em chute cruzado de Arthur Sousa que obrigou Matheus Nogueira a espalmar no canto direito.

A partida seguiu equilibrada, com defesas atentas. Lucão e Ricardo Silva, pelo lado alviverde, cortaram várias bolas aéreas, enquanto o veterano Thiago Heleno comandava a retaguarda bicolor. O excesso de impedimentos também travou o jogo – foram quatro marcações nos primeiros 20 minutos.

Aos 15, o América precisou fazer a primeira substituição: Dalbert sentiu a coxa esquerda e deu lugar a Paulinho, mudança que alterou o posicionamento defensivo da equipe de Alberto Valentim. Pouco depois, Felipe Amaral e Júlio César arriscaram de fora da área, mas pararam em bloqueios da defesa ou nas mãos do goleiro.

Nos minutos finais, o Paysandu tentou pressionar com cruzamentos de Edílson e chutes de Maurício Garcez, mas esbarrou nas defesas seguras de Gustavo. O árbitro ainda distribuiu cartão amarelo ao técnico Márcio Fernandes por reclamação.

Neca, neca

O segundo tempo começou movimentado no Mangueirão, com mudanças nas duas equipes. Márcio Fernandes voltou do intervalo já trocando peças: Rossi deu lugar a Vinícius Faria, enquanto Marlon saiu para a entrada de Anderson Leite. Logo nos primeiros minutos, o Papão tentou com cruzamento de Edílson, mas a defesa do América conseguiu afastar.

As tentativas de fora da área se tornaram recurso frequente. Kauã Diniz arriscou cruzado, enquanto Stênio levou perigo em finalização de canhota desviada pela marcação. Do lado bicolor, Maurício Garcez também buscou jogada individual pela esquerda, mas parou no bloqueio.

Anderson Leite chegou a soltar uma bomba da intermediária, mandando por cima do gol. O jogo ganhou em intensidade. Diogo Oliveira quase abriu o placar em chute colocado de fora da área, exigindo ótima defesa de Gustavo no canto esquerdo. Logo depois, Bryan Borges cobrou escanteio e o goleiro voltou a se destacar, afastando de soco.

O América, por sua vez, respondeu em finalizações, mas sem mira ajustada.

RAIO X DA PARTIDA

Local: Mangueirão, em Belém (PA

Cartões amarelos: Vinícius Faria, Maurício Garcez (Paysandu); Gustavo (América)

Árbitro: Afro Rocha de Carvalho Filho (PB)

Assistentes: Luis Filipe Goncalves Correa (PB) e Schumacher Marques Gomes (PB)

VAR: Marcio Henrique de Gois (SP)

Paysandu – Matheus Nogueira; Edílson, Thiago Heleno, Thalisson e Bryan; André Lima (Dudu Vieira), Ramon Vinícius (Edinho), Marlon (Anderson Leite) e Rossi (Vinícius Faria) ; Maurício Garcez e Diogo Oliveira (Denilson) Técnico: Márcio Fernandes

América – Gustavo; Júlio César (Samuel), Ricardo Silva, Lucão e Dalbert (Paulinho); Felipe Amaral, Elizari e Kauã Diniz (Emerson); Stênio (David da Hora), Willian e Arthur Sousa. Técnico: Alberto Valentim

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