Sudeste do Pará perde eleitores após cancelamento de títulos; Parauapebas foi o município mais impactado

Levantamento mostra redução no eleitorado em Marabá, Eldorado, Curionópolis e Parauapebas; apenas Canaã dos Carajás registrou crescimento
Um levantamento realizado pelo economista Wesley Oliveira revelou que, entre os principais municípios do sudeste paraense, houve redução no número de eleitores aptos em comparação com as eleições municipais de 2024. A análise abrange os municípios de Marabá, Eldorado do Carajás, Curionópolis, Parauapebas e Canaã dos Carajás.
De acordo com os dados, apenas Canaã dos Carajás apresentou crescimento, passando de 68.345 eleitores em 2024 para 69.020 atualmente. Já os demais municípios registraram queda:
Curionópolis: de 16.898 para 16.477 eleitores;
• Eldorado do Carajás: de 20.496 para 19.798 eleitores;
• Marabá: de 176.203 para 172.641 eleitores;
• Parauapebas: de 200.659 para 195.367 eleitores.
Parauapebas perde eleitores e volta a ter apenas um turno
A redução em Parauapebas foi a mais significativa, com mais de 5 mil títulos cancelados. Com o número atual de 195.367 eleitores, o município não terá segundo turno nas eleições de 2028, diferente do que ocorreu em 2024, quando ultrapassava a marca de 200 mil eleitores — patamar que garante a realização de duas etapas no pleito, conforme a legislação eleitoral.
Motivo da redução
A diminuição está diretamente relacionada ao cancelamento automático de títulos de eleitor realizado pela Justiça Eleitoral entre 30 de maio e 2 de junho de 2025. A medida, prevista na Resolução TSE nº 23.737/2024 e no Provimento da Corregedoria-Geral Eleitoral nº 1/2025, resultou no cancelamento de 5.042.047 títulos em todo o Brasil.
O procedimento atinge os eleitores que deixaram de votar e não justificaram a ausência em três pleitos consecutivos, incluindo turnos e eleições suplementares.
Orientação da Justiça Eleitoral
O levantamento alerta ainda que quem teve o título cancelado deve procurar a Justiça Eleitoral para regularizar a situação o quanto antes. Sem o documento válido, o eleitor fica impedido de votar, tirar passaporte, assumir cargos públicos e até renovar matrícula em instituições de ensino.

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