Pesquisa Datafolha divulgada no sábado (13.set.2025) mostra que 54% dos brasileiros rejeitam a proposta de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado e outros 4 crimes. Já 39% apoiam a medida, 2% se disseram indiferentes e 4% não souberam responder.
Segundo o levantamento, 50% dos entrevistados também afirmaram que Bolsonaro deve ser preso, enquanto 43% disseram ser contra. Outros 7% não responderam. A pesquisa entrevistou 2.005 pessoas em 113 municípios em 8 e 9 de setembro de 2025. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.
O Datafolha fez as seguintes perguntas aos entrevistados: “Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro trabalham para que deputados e senadores o beneficiem com uma anistia, ou seja, aprovem uma medida para Bolsonaro não ser preso caso seja condenado por tentativa de golpe de Estado. Você é a favor ou contra que o Congresso livre Bolsonaro de punição por tentativa de golpe de Estado?”
Eis os percentuais:
- contra – 54%;
- a favor – 39%;
- indiferentes – 2%;
- não souberam responder – 4%.
“Você é a favor ou contra uma anistia, ou seja, livrar de punição os responsáveis pela invasão e depredação dos prédios do STF, Congresso e Palácio do Planalto no 8 de janeiro de 2023?”
Eis os percentuais:
- contra – 61%;
- a favor – 33%;
- não souberam responder – 6%.
Segundo a pesquisa, a rejeição à anistia para Bolsonaro varia conforme o perfil dos entrevistados. Eis alguns recortes demográficos:
- Nordeste: 63% contrários à anistia;
- Sul: 46% apoiam e 44% rejeitam;
- Norte/Centro-Oeste: 48% apoiam e 45% rejeitam;
- mais ricos: 50% defendem e 46% se opõem;
- evangélicos: 52% favoráveis e 40% contrários.
OPOSIÇÃO QUER ANISTIA
O levantamento foi realizado em um momento de articulações no Congresso para aprovar uma anistia que beneficiaria tanto Bolsonaro quanto os condenados pelos ataques de janeiro de 2023.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), juntou-se ao grupo para pressionar a Câmara a votar o projeto de lei sobre o tema.
No cenário internacional, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) articula a medida com integrantes do governo do presidente dos EUA, Donald Trump (republicano), que chamou o processo contra seu pai de “caça às bruxas”.