Alunos afirmam ter casos da doença e pedem desinfestação emergencial; universidade nega registros e afirma manter controle ambiental rigoroso
Por Sandra Venancio – Foto Eduardo Lopes
Alunos da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) relatam a ocorrência de casos de febre maculosa e a presença de um grande número de carrapatos-estrela no campus da instituição. Segundo um estudante ouvido sob condição de anonimato, um colega de sala foi diagnosticado com a doença, e uma amiga de outro curso também teria testado positivo.
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Imagens compartilhadas em grupos de WhatsApp, obtidas pelo Porque Campinas, mostram carrapatos-estrela mortos sobre folhas de caderno, aumentando a preocupação entre os estudantes. Em resposta, eles criaram um abaixo-assinado pedindo medidas imediatas da universidade. Até esta sexta-feira (12), a petição já contava com mais de 1,3 mil assinaturas.
No documento, os alunos descrevem medo diário de frequentar o campus e apontam falhas na prevenção. “Sinto medo ao pisar em um ambiente onde posso facilmente pegar um carrapato e correr o risco de contrair doenças perigosas como a febre maculosa. Professores e funcionários também estão sujeitos às mesmas condições, o que torna esta situação alarmante para toda a comunidade acadêmica”, diz o texto. O abaixo-assinado solicita desinfestação emergencial do campus, plano contínuo de controle de pragas e comunicação mais clara com a comunidade acadêmica.
Em nota oficial, a PUC-Campinas negou a existência de registros de febre maculosa ou infestação de carrapatos nos campi e no Colégio Pio XII. A instituição afirmou que mantém controle ambiental rigoroso, conduzido por empresa especializada, e segue protocolos da Vigilância Sanitária. “A Instituição preza pela saúde e bem-estar de toda a comunidade acadêmica, reafirmando seu compromisso com a manutenção de um ambiente seguro e saudável”, disse o comunicado. A universidade reforçou ainda que informações oficiais devem ser acompanhadas apenas pelos canais institucionais.