Trabalhadores da construção civil de Belém rejeitam proposta e ameaçam greve nas obras da COP 30

Em campanha salarial, trabalhadores querem melhores salários e direitos diante do tamanho lucro da patronal com as obras da COP30. Foto: CSP Conlutas

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Belém (STICMB) realizou, nesta segunda-feira (15), mais um dia de luta em defesa da campanha salarial da categoria. A mobilização ocorreu após a proposta dos empresários, considerada insuficiente: apenas R$ 5,40 de reajuste nos salários e um acréscimo de R$ 10,00 na cesta básica.

Para o sindicato, a oferta não atende às necessidades mínimas dos operários e operárias, que reivindicam reajuste digno, valorização do trabalho e melhores condições de vida. Os trabalhadores reivindicam 9,5% de reajuste nos salários, cesta básica no valor de R$ 270, promoção para as mulheres e PLR em duas parcelas de R$ 378,00.

O dirigente sindical Atnágoras Lopes também chamou atenção para a contradição entre os altos investimentos destinados à COP 30 em Belém e a realidade enfrentada pelos trabalhadores da construção civil. Segundo ele, enquanto grandes obras recebem recursos vultosos e geram lucros para empresários, os trabalhadores seguem sem garantias básicas.

É preciso perguntar: qual será o verdadeiro legado da COP 30 para os trabalhadores?”, questionou Atnágoras, reforçando a importância da mobilização da categoria para conquistar direitos.

O STICMB afirma que a categoria permanecerá mobilizada até que suas reivindicações sejam atendidas, destacando que não aceitará propostas que desconsiderem a contribuição fundamental dos trabalhadores da construção para o desenvolvimento da cidade. “Obras em toda Belém podem entrar em GREVE!“.

O post Trabalhadores da construção civil de Belém rejeitam proposta e ameaçam greve nas obras da COP 30 apareceu primeiro em PONTO DE PAUTA – PARÁ.