Estações mais movimentadas do Campo Grande e Ouro Verde concentram irregularidades; Transurc reforça fiscalização e instala novas catracas
Por Sandra Venancio – Fotos Divulgação cameras/Transurc
O BRT de Campinas enfrenta um problema recorrente: centenas de passageiros burlam o sistema de bilhetagem diariamente, causando prejuízo estimado em R$ 500 mil por mês à Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas). Os números, levantados a partir das câmeras de segurança das estações, apontam seis pontos críticos nos dois principais corredores do sistema rápido de ônibus.
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No BRT Campo Grande, a estação PUC/Roseira lidera com 292 pulos de catraca diários, seguida pela estação Bandeirantes (284) e pelo Satélite Íris (259). Já no Corredor Ouro Verde, a Estação Parque Industrial registra 301 ocorrências, enquanto a João Jorge tem 286 e a Capivari, 246 flagrantes.
O diretor de Comunicação da Transurc, Paulo Barddal, alerta que a prática de burlar o pagamento da passagem compromete os planos de investimento na qualidade do transporte e pode refletir em aumento de tarifas para os passageiros.
Para coibir os pulos de catraca, a empresa responsável pelo sistema começou a instalar catracas mais robustas nas estações, que se assemelham a portões de ferro, com barreiras laterais e na altura da cintura. Apesar das melhorias, passageiros reclamam do espaço mais apertado, e câmeras flagraram pessoas pulando inclusive a entrada destinada a pessoas com deficiência, além de rastejarem por baixo das catracas.
Cada estação do BRT possui fiscais para orientar os usuários e prevenir infrações. A Emdec reforçou que pular a catraca é considerado crime e que forças de segurança podem ser acionadas quando necessário, visando garantir o cumprimento da lei e a arrecadação do sistema.