O escritor, poeta e ativista cultural Francisco Xavier Pereira dos Santos, conhecido artisticamente como Javier Di Mar-y-abá, lança em Marabá sua mais nova obra, Semiótica do Caos. O evento acontece no próximo sábado (20), a partir das 19 horas, no Sesc, localizado no Núcleo Cidade Nova. A programação contará com apresentação musical e sessão de autógrafos.
Em visita à Redação do Correio de Carajás na manhã desta quarta-feira (17), Javier falou sobre sua trajetória e sobre as expectativas para o lançamento, destacando que o novo livro busca refletir os significados do mundo contemporâneo.
Segundo o autor, a obra tem a intenção de provocar o leitor. “É um livro que vai incomodar, porque, a partir do momento que você toca em temas sensíveis como Deus, valores culturais e personagens, você os tira desse local onde estão acostumados a vê-los e coloca dentro de uma perspectiva diferente”, explica o escritor.
O livro estará disponível por R$ 30, em edição limitada. Para ampliar o acesso do público, foi criada uma lista de pré-venda com pagamento antecipado. Além do lançamento presencial, a obra terá versão em audiobook, prevista para entrar no Spotify ainda esta semana, e será comercializada também na Amazon.
Javier Di Mar-y-abá destacou ainda que a circulação inclui participação na Feira Ribeirinha de Bela Vista, entre 30 de setembro e 4 de outubro, quando fará nova sessão de lançamento. O projeto foi contemplado em edital da Lei Aldir Blanc e, conforme o autor, 150 exemplares foram impressos.
TRAJETÓRIA LITERÁRIA
Ao longo da carreira, Javier já publicou quatro livros autorais e participou de diversas antologias e projetos literários. “Já tivemos poemas estudados em universidades como conclusão de curso, como interferência da cultura marabaense dentro do complexo social produtivo. É gratificante ver a poesia alcançando esse espaço”, conta.
Aposentado recentemente, o autor divide o tempo entre a escrita e projetos esportivos. Ele coordena, ao lado da esposa, uma associação de vôlei, atividade que complementa sua longa trajetória como treinador. “As pessoas que têm menos tempo são as que mais se fazem presentes nas discussões sérias. A poesia e a música sempre estão inseridas nessas lacunas”, afirma.
Para ele, todo mundo é escritor e poeta. “Só não sabe colocar aquilo no papel ou não se dedica. Mas é uma forma de se fazer presente no mundo e dar sua contribuição nesse caos”, encerra.
Com a nossa proposta, o escritor também amplia sua contribuição à literatura e à cultura amazônica, trazendo provocações sobre crenças, memória, natureza e sociedade.
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