Astrea Lucena de volta aos palcos em espetáculo sobre Waldemar Henrique no Festival SESI Cultura Amazônia em Cena

No palco, a atriz Astrea Lucena assume o papel de Estefânia, tia e mãe de criação do maestro Waldemar Henrique. Foto: Divulgação

O Festival SESI Cultura Amazônia em Cena segue a programação de setembro com um encontro especial entre música e teatro. Nesta sexta-feira, 26 de setembro, às 20h, no Teatro do Sesi, será apresentado o espetáculo “Fiz da vida uma canção”, da Casa de Arte Tiago de Pinho. Os ingressos estão disponíveis no Sympla.

O espetáculo nasce do desejo da Casa de Arte Tiago de Pinho de resgatar, em cena, a trajetória e a sensibilidade de Waldemar Henrique. A dramaturgia parte de recortes biográficos e musicais para revelar a força de sua obra, que atravessa gerações e guarda a memória afetiva da Amazônia.

Segundo o diretor Tiago de Pinho, o processo de criação foi marcado pelo cuidado em aproximar público e personagem: “Queremos mostrar um Waldemar humano, cercado de afetos, contradições e da intensidade que moldou suas canções. Ele foi um compositor universal, mas nunca deixou de ser profundamente amazônico.”

Para Astrea Lucena, viver Estefânia, tia-mãe do maestro, significou um mergulho em emoções familiares: “Ao construir a personagem, percebi que só alguém amorosa poderia ter criado um homem com tamanha amorosidade. Essa generosidade foi minha chave de interpretação.”

A montagem combina música, memória e poesia em um cenário que transporta o espectador ao universo do maestro. “É uma obra feita para emocionar e, ao mesmo tempo, educar. Queremos formar plateia e reforçar a importância de Waldemar Henrique para a cultura brasileira”, conclui Tiago.

“Esse espetáculo é um presente para Belém, por sua importância histórica e artística. Waldemar é um dos grandes compositores brasileiros, que cantou nossa gente e nossa terra”, afirma Tiago de Pinho, diretor e idealizador do projeto.

Espetáculo traz Astrea de volta aos palcos

No palco, a atriz Astrea Lucena assume o papel de Estefânia, tia e mãe de criação do maestro Waldemar Henrique. Conhecida por sua atuação recente em séries e filmes, como O Escolhido (Netflix) e Vatapá e Maniçoba, ela confessa que o convite para o musical foi também um reencontro com sua origem artística. “Sim, é um retorno. O palco é a minha casa, e essa casa precisa de aplausos. Voltar ao teatro é voltar para casa”, afirma.

Na construção de Estefânia, Astrea encontrou inspiração na própria biografia de Waldemar Henrique. “O que mais me emocionou foi a generosidade dela em assumir esse lugar de mãe, de forma tão amorosa. Ao imaginar que um homem amoroso só poderia ter sido criado por alguém amoroso, busquei transmitir essa essência na personagem.”

A relação de Astrea com a obra e a figura do maestro vem de longe. “Conheci Waldemar em 1970, quando fiz o curso de formação de ator da UFPA, hoje Escola de Teatro e Dança. Ele era o diretor. Era um homem leve, gentil, amoroso, brilhante. Sinto-me muito honrada e profundamente emocionada pela sua amorosidade”, recorda.

Essa ligação também se estendeu a outras experiências teatrais. “Fiz O Coronel de Macambira no curso de formação de ator, com músicas de Waldemar Henrique e direção musical de Nilson Chaves e Vital Lima. Mais tarde, estive em Verde Ver-o-Peso, dirigido por Geraldo Salles, que foi para a ECO 92 no Rio de Janeiro. Entre os trabalhos recentes, destaco A Casa do Rio, do Grupo Gruta, dirigido por Henrique da Paz, que foi um dos espetáculos mais lindos da minha carreira.”

Entre cinema e teatro

Nos últimos anos, Astrea se dedicou mais ao audiovisual, participando de produções locais e nacionais. “Tudo começou por convites de produtoras paraenses e testes, e foi crescendo. Trabalhei em O Escolhido pela Netflix, no filme Vatapá e Maniçoba da Marau Produtora, exibido na Tela Quente, e agora no longa O Jambeiro do Diabo, de Roger Elarrat.”

Ainda assim, ela não esconde a vontade de equilibrar palco e câmera: “Estarei esperando novos convites. Portanto, diretores, me liguem e vamos para as próximas missões.”

Outubro no Festival SESI Cultura Amazônia em Cena

E em outubro tem mais. O Festival promete momentos especiais no palco do Teatro do SESI. A programação inicia no dia 4 com a apresentação da Orquestra Sustentável SESI, que reúne jovens músicos e convidados especiais como Manoel e Felipe Cordeiro, Andréa Pinheiro, Jade Guilhon e Pelé do Manifesto, em um espetáculo que une arte, tecnologia e consciência ambiental.

No dia 9, é a vez da diva do carimbó chamegado, Dona Onete, que sobe ao palco trazendo sua irreverência e a força da música amazônica.

Encerrando o festival em grande estilo, entre os dias 16 e 18 de outubro, o público poderá assistir ao espetáculo teatral “Ver de Ver-o-Peso”, do Grupo Experiência, inspirado nas histórias e vivências do mais emblemático mercado da capital paraense.

Programação do Festival SESI Cultura Amazônia em Cena

26/09 – “Fiz da vida uma canção”, espetáculo da Casa de Arte Tiago de Pinho, no Teatro do Sesi, às 20h.

Outubro

04/10 – Orquestra Sustentável SESI com Manoel e Felipe Cordeiro, Andréa Pinheiro, Jade Guilhon e Pelé do Manifesto.

09/10 – Dona Onete, diva do carimbó chamegado.

16 a 18/10 – Espetáculo “Ver de Ver-o-Peso”, do Grupo Experiência, inspirado no mais emblemático mercado da capital paraense.

Ingressos à venda pelo Sympla e na bilheteria do Teatro do SESI, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Em dias de evento, até o início do espetáculo.

 

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