Integrantes da delegação brasileira na 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, usavam o lenço palestino Keffiiyeh antes de saírem do plenário durante o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), nesta 6ª feira (26.set.2025).
Representantes de vários outros países também deixaram a sala antes de o premiê iniciar sua fala.
Assista (2min1s):
Em seu discurso, o primeiro-ministro de Israel criticou os países que reconheceram o Estado palestino durante o evento. Chamou a ação de antissemita e disse que a mensagem passada pelos líderes que o fizeram é de que “matar judeus vale a pena”.
O israelense disse que “dar um Estado aos palestinos” nesse contexto seria como “dar um Estado à Al Qaeda depois do 11 de Setembro”, e que países que apoiam a solução cederam à mídia e aos “islamistas radicais”. Afirmou que “o mundo não se lembra mais de 7 de Outubro, mas Israel se lembra”.
Netanyahu falou por quase 40 minutos –bem mais que os 15 minutos recomendados pela ONU. Quando ele tomou o púlpito, delegações de diversos países deixaram a sala em protesto. A brasileira foi uma delas.
A primeira-dama Janja Lula da Silva também demonstrou apoio à Palestina por meio das suas vestimentas. Na 3ª feira (23.set), ao acompanhar o discurso de abertura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ela usou o mesmo casaco com bordados típicos palestinos que havia utilizado no ano passado.
No dia anterior, Janja usou uma kufyia, lenço tradicional árabe que se tornou símbolo da resistência palestina, durante a sessão que discutiu o Estado Palestino.