IML aponta cardiopatia na morte de ativista durante atendimento em Marília

Laudo após exumação acusa cardiopatia na morte de ativista com denúncia de erro

Um laudo do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo em investigação de erro durante atendimento aponta isquemia cardíaca e cardiopatia na morte da ativista Josiane Pelegrini Dias, em 9 de janeiro, e contradiz ideia de que ela simulou sintomas. O relatório na cidade, aliás, aponta asfixia por broncospiração de vômito.

O documento contraria as informações da morte na cidade e deve abastecer medidas judiciais da família de Josi, que acusa erro médico.

Porém, em fevereiro, a 2ª Vara Criminal de Marília atendeu pedido da família e determinou a exumação para necrópsia. A coleta dos órgãos aconteceu no dia 22 de março em Pirajuí, onde vive a família de Josi.

Relatório do IML

Assim, encaminhou para o necrópsia por exumação o coração, fragmento de pulmões e fígado da ativista. O relatório final é do legista Rodrigo Vismari de Oliveira.

Segundo ele, os aspectos favorecem diagnóstico de isquemia miocárdica aguda, em vítima portadora de cardiopatia isquêmica crônica. Veja conclusões do laudo.

Coração

Alterações isquêmicas agudas do miocárdio, bem como hipertrofia miocárdica e congestão.

Fígado

Congestão e leucoestase

Pulmão

Edema pulmonar agudo, congestão e antracose

Para o advogado Lucas Ricci, que representa a família, as informações contrariam as informações do óbito na cidade e, além disso, combinam condições compatíveis com infarto. Ele destaca, inclusive, indicação de condição de problemas cardíacos graves.

“O prontuário inclusive afirma que Josiane simulava os sintomas. O laudo necroscópico evidencia claramente que não houve simulação e tampouco morte por broncoaspiração, diabetes ou obesidade.”

Laudo após exumação acusa cardiopatia na morte de ativista com denúncia de erro
Josi grava vídeos antes da morte: IML aponta cardiopatia na morte de ativista
Despedida em vídeo

Josi faleceu aos 41 anos de idade durante atendimento em unidade de pronto atendimento de Marília.

Pouco antes de sua morte enviou vídeos de sua condição e queixas sobre atendimento. Estava em uma maca, sozinha em um quarta, suja, bem como em relato de vômito e diarreia.

As mensagens provocaram reações indignadas da família e amigos. Josi deixou três filhos com necessidades especiais. Era, aliás, ativista em organização de mães atípicas para atenção às crianças.

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