Trump assina estratégia contra violência política nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), assinou na 5ª feira (25.set.2025) um memorando de segurança nacional que cria uma estratégia para combater a violência política organizada e o chamado terrorismo doméstico.

O documento orienta órgãos federais a intensificarem investigações e punições contra atos motivados por disputas políticas.

Segundo a Casa Branca, o FBI deve liderar a coordenação de esforços para identificar e desarticular grupos que promovam intimidação, recrutamento e financiamento ilegal. O procurador-geral foi instruído a processar casos de crimes políticos e a ampliar a definição de terrorismo doméstico, incluindo práticas como tumultos, crimes contra propriedades, doxxing e swatting.

O memorando também determina ações no setor financeiro. O Departamento do Tesouro foi encarregado de rastrear redes de financiamento e o IRS (a Receita Federal norte-americana) terá de monitorar entidades isentas de impostos para evitar que apoiem atividades violentas. Suspeitas deverão ser encaminhadas ao Departamento de Justiça.

A Casa Branca afirma que episódios recentes de violência demonstram a necessidade da medida. Cita, por exemplo, o assassinato de Charlie Kirk, em 10 de setembro, e tentativas de atentado contra o juiz da Suprema Corte Brett Kavanaugh e contra o próprio Trump em 2024. Para o governo, esses casos não são ações isoladas, mas parte de uma “campanha organizada de violência política”.

O documento estabelece ainda que o Departamento de Justiça e o Departamento de Segurança Interna classifiquem o terrorismo doméstico como prioridade nacional, com mais recursos e verbas para enfrentamento.

Trump declarou que o governo responsabilizará não só executores, mas também financiadores e organizadores de ataques. Disse ainda que pretende proteger instituições públicas em Washington, e reforçou a designação da Antifa como organização terrorista doméstica.

Em entrevista a jornalistas, a procuradora-geral Pam Bondi e o diretor do FBI, Kash Patel, disseram que as forças-tarefa conjuntas de terrorismo serão usadas para cumprir a ordem presidencial.

O memorando determina ainda que os relatórios sejam encaminhados ao vice-chefe de gabinete e conselheiro de segurança interna, Stephen Miller, que chamou a iniciativa de “um esforço de todo o governo para desmontar o terrorismo de esquerda e enfraquecer a Antifa”.

Questionado se a medida poderia incluir investigações sobre organizações ligadas ao bilionário democrata George Soros, Trump respondeu que o empresário seria “um provável candidato”.