Da promessa à revolta: iPhone 17 é recebido com críticas globais de usuários

Preço estratosférico, fragilidade decepcionante e o mais do mesmo. Muitos compradores querem o dinheiro de volta; veja como proceder

Brasília – ​A Apple tem enfrentado várias críticas pelo acabamento da linha iPhone 17 estar sofrendo riscos facilmente. O problema foi exposto em um artigo da Bloomberg e em um vídeo do canal JerryRigEverything. Agora a Apple finalmente respondeu as reclamações dos usuários sobre os problemas.

O pronunciamento foi dado após o contato de centenas de veículos especializados com a Apple, que afirma que as marcas na região do MagSafe são causadas pelos acessórios utilizados na exposição dos celulares nas lojas. Ao contrário do que se pensa, elas não são riscos, mas sim parte do material dos suportes que se desgasta e deixa uma marca que pode ser limpa com um pano úmido.

Quanto aos arranhões em torno do módulo de câmera, cantos do aparelho e em toda a extensão da frente e de trás do aparelho, a Apple diz que este desgaste é natural devido à aresta do alumínio anodizado e pode ser visto em outros produtos como MacBooks, iPads e iPhones, apesar do acabamento premium que passa por testes rigorosos. Ou seja, a empresa vem cometendo o mesmo erro de projeto e acabamento dos materiais há anos.

Um técnico ouvido pela reportagem disse que “há mais de uma década o iPhone é um aparelho que deve ser encapsulado em capas muito resistentes, e a tela protegida por películas de alta qualidade senão… o desgaste desfigura o aparelho”.

Pelo preço do aparelho, é algo ofensivo, escandaloso, aviltante. “A empresa arrisca sua reputação com tal postura”, disse um advogado consultado e usuário da marca, que assessorou trechos sobre direito do consumidor para subsidiar esse texto.

A fabricante também diz que o mesmo problema ocorre com o iPhone 16 em algumas lojas e será solucionado em breve com a substituição dos apoios dos celulares, um mea culpa disfarçado.

Por fim, a Apple aconselha que você use uma capa de proteção para evitar arranhões em torno do módulo de câmera, mas reforça que riscos em áreas planas do iPhone 17 e Air podem ser removidos facilmente com uma limpeza leve, o que o técnico consultado pelo Ver-o-Fato desmente categoricamente.
O caso dos aparelho exibidos nas lojas é um caso específico, mas a realidade relatada pelos usuários compromete a empresa. Há uma inundação de relatos e fotos nas redes sociais esculhambando com a Apple. Muitos compradores se sentem lesados pela empresa da maçã e querem o dinheiro de volta. E não é só na capa, a fragilidade da proteção das lentes e seu entorno dão a impressão se tratar de um aparelho de categoria inferior, com material de qualidade péssima. Com dois dias de uso a aparência do celular é de uma lata de cerveja amassada, descascada — uma maçã podre.

Usuário critica a empresa da maçã. Foto: Redes Sociais

Na rede social Reddit as reclamações estão no Top das mais publicadas, e nenhum elogio àquela que, um dia, foi a empresa mais valorizada do Mundo. Até os fãs fanáticos da Apple perceberam que estão sendo constantemente passados pra trás pela Apple, com o iPhone 17 mudando de titânio para alumínio vagabundo, enquanto aumentam os preços.

Alça que atraca na capa do iPhone 17: R$ 719,00. Foto: site da Apple Sore Brasil

A expectativa é a de filas no Procon, em busca de um jeito de devolver o aparelho e pegar seu dinheiro de volta, tal a revolta dos compradores.

Reclamações globais sobre propaganda enganosa da Apple. Foto: Rede Social Reddit

Preços completamente fora da realidade
A reportagem do Ver-o-Fato acessou o site da AppleStore Brasil e conferiu a aba de acessórios para o iPhone 17. A capa de tecido TechWoven com MagSafe para iPhone 17 Pro Max – Siena custa a mixaria de R$ 719,00. O interessado em novidades, pode comprar o lançamento nesse quesito acessórios, uma tal de Alça transversal – Siena está à venda pela irrisória quantia de R$ 719,00! A capa de tecido e a alça estão em promoção por um salário mínimo brasileiro.

iPhone 17 Pro Max de 2 TB: R$ 18.499. Foto: site da Apple Sore Brasil

Ah! Mas, o que realmente empolga é o preço da atração principal: o iPhone 17 Pro de 2 TB de armazenamento, e três câmeras, cujo corpo começa a descascar como uma maçã podre em apenas dois dias de uso, custa a pechincha de R$ 18.499,00.

Polêmica! iPhone 17 Pro de cores escuras risca com facilidade impressionante
O lançamento da linha iPhone 17 mal começou e já há discussões em torno da durabilidade dos modelos Pro. Segundo reportagens da Bloomberg, consumidores e jornalistas notaram que unidades expostas em Hong Kong, Xangai e Londres apresentavam riscos visíveis na carcaça, especialmente nas versões em azul-intenso (deep blue) e preto. O problema é semelhante ao que ocorreu no iPhone 5, que, nas primeiras horas de exibição, já demonstrava problemas.

O caso não passou despercebido na China, onde fotos de aparelhos riscados circulam com força no Weibo. A hashtag sobre o problema já ultrapassou 40 milhões de visualizações, mostrando como a percepção sobre a qualidade de construção do celular premium pode rapidamente se transformar em dor de cabeça para a Apple.

Apesar de o foco da maioria das publicações ser o modelo da linha Pro, até mesmo o iPhone Air preto, que utiliza laterais em titânio, estaria demonstrando vulnerabilidade semelhante. Então, por mais que a mudança de material nos celulares mais robustos tenha gerado burburinho, as falhas na qualidade não podem ser atribuídas diretamente a isso.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que a Apple enfrenta críticas relacionadas ao acabamento de seus smartphones. Em 2012, o iPhone 5 na cor slate (preto azulado) foi duramente criticado pela facilidade com que riscava, o modelo iPhone 6s também teve problemas sérios nesse sentido, e em 2016 os iPhones 7 e 7 Plus jet black apresentaram problemas ainda mais severos.

Mais recentemente, os iPhones 15 Pro e 15 Pro Max, também em titânio, chegaram a exibir alterações de cor com o uso inicial, embora não envolvessem riscos. Curiosamente, os relatos atuais não incluem o iPhone 17 padrão, que mantém corpo de alumínio anodizado e também conta com uma versão preta.

Isso reforça a dúvida: o problema é generalizado ou restrito às edições mais sofisticadas? Enquanto a Apple não se pronuncia oficialmente a respeito da situação, especialistas sugerem cautela e, claro, o uso de capas protetoras para evitar frustrações, já que a empresa lançou tantos acessórios junto com os smartphones.

Capa de tecido do iPhone 17: R$ 719,00. Foto: site da Apple Sore Brasil

Apple pode ter prejuízo incalculável se iPhone 17 fracassar em vendas
A chegada dos novos iPhones às lojas foi marcada por uma polêmica inesperada: unidades de vitrine apareceram com a parte traseira aparentemente arranhada, principalmente nas áreas próximas ao MagSafe. O caso ganhou repercussão nas redes sociais, foi noticiado pela imprensa internacional e até recebeu um apelido próprio: scratchgate.

Não só os aparelhos de vitrine deixaram os potenciais compradores escabriados, e quem se arriscou a comprá-lo teve o dissabor de constatar que o celular premium mais caro do mundo descasca em dois dias de uso no bolso da calça. Algo inédito.

Segundo relatos, as marcas aparecem com mais evidência nos modelos de cor escura e afetam todas as variantes da linha — iPhone 17, iPhone 17 Pro, 17 Pro Max e até o superfino Air.

Ainda que a Apple tenha esclarecido a polêmica, é fato que os novos iPhones podem arranhar, como qualquer outro celular. Os iPhones 17 Pro e 17 Pro Max são construídos em alumínio, material que não é imune ao atrito com objetos do dia a dia.

Testes práticos, como os realizados por Zach Nelson, do canal JerryRigEverything, mostraram que moedas e chaves podem deixar marcas no módulo de câmeras traseiras, principalmente nas extremidades. Com o uso prolongado, essas marcas podem se acumular e ficar ainda mais visíveis.

O lançamento global do novo iPhone 17 teve este ano, pela primeira vez em alguns anos, fila nas portas de lojas da Apple. Na China, onde pelo fuso as vendas começaram na madrugada (pelo horário do Brasil), consumidores aguardaram por algumas horas no lado de fora da loja da marca em Pequim pelo tão aguardado novo modelo do iPhone.

Mas, pouco tempo depois, queixas inundaram as redes sociais. Vários clientes postaram fotos com arranhões na parte traseira dos novos modelos.

Trata-se do primeiro grande redesenho de hardware da empresa norte-americana em anos, retornando a uma carcaça de alumínio e trazendo o que a Apple havia promovido como um acabamento traseiro mais resistente a riscos. Por isso tanta agitação: a promessa de um acabamento traseiro mais resistente a riscos tem causado revolta nas redes sociais. Aqui no Brasil, a isso se chama: propaganda enganosa e infere direito ao arrependimento da compra.

Quero devolver. O quê fazer?
Numa pesquisa na legislação de defesa do consumidor, a reportagem explica, de forma prática e segura, como funciona a devolução no Brasil quando o consumidor “não gostou” do produto — com foco no iPhone — distinguindo compras pela internet (direito de arrependimento) e compras em loja física (política comercial da loja). No fim, deixo um roteiro pronto de mensagem para acionar a loja e todos os cuidados específicos para devolver um iPhone corretamente.
— Boa sorte!

1) Se a compra foi online, por telefone, app ou fora da loja física

  • Base legal: Art. 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC – Lei 8.078/1990).
  • O que garante: Direito de arrependimento em até 7 dias corridos, contados do recebimento do produto (ou da assinatura do contrato), sem necessidade de justificar o motivo.
  • O que você pode exigir:
    • Devolução integral do valor pago, incluindo frete.
    • Sem multa, sem “taxa de reabastecimento”.
    • Logística reversa (coleta/etiqueta de devolução) por conta do fornecedor.
  • Pode abrir a caixa? Sim. O direito de arrependimento não exige produto lacrado. Mas devolva com todos os itens e em bom estado para evitar alegações de uso indevido ou falta de acessórios.

Passo a passo recomendado:

  1. Dentro de 7 dias corridos do recebimento:
    • Contate a loja pelos canais oficiais (e-mail, chat, SAC, “minha conta” do pedido).
    • Registre o pedido de arrependimento por escrito e peça o número de protocolo.
  2. Solicite:
  1. Etiqueta de postagem ou coleta em domicílio (logística reversa).
  2. Confirmação de que o reembolso será integral (produto + frete) pela mesma forma de pagamento.
  1. Prepare o iPhone para devolução (veja a seção “Cuidados específicos com iPhone” abaixo).
  2. Embale com todos os itens:
  3. Aparelho, cabo, manuais, acessórios, nota fiscal, embalagem original (se disponível) e quaisquer brindes do pedido.
  4. Poste ou aguarde a coleta:
  5. Guarde comprovante de postagem/coleta e tire fotos do conteúdo antes de fechar a caixa.
  6. Acompanhe o reembolso:
  7. O CDC fala em devolução imediata do valor. Na prática, o estorno em cartão pode aparecer em uma ou duas faturas subsequentes, conforme a operadora.
  8. Se houver recusa ou demora injustificada:
  1. Abra reclamação no consumidor.gov.br e/ou no Procon.
  2. Guarde todos os protocolos e mensagens. Persistindo, é possível acionar o Juizado Especial Cível.

Observação sobre políticas comerciais mais amplas:

  • Algumas lojas oferecem prazo de devolução voluntário maior que 7 dias (política de satisfação). Se aplicável ao seu pedido, use o prazo mais favorável.

2) Se a compra foi em loja física (no balcão)

  • O CDC não obriga a loja a aceitar devolução por “desistência” quando a compra é presencial e o produto não tem defeito.
  • Troca/devolução por “não gostei” depende da política comercial da própria loja (cortesia). Verifique:
    • Prazo oferecido (ex.: 7, 10, 30 dias).
    • Condições (ex.: manter lacre, sem sinais de uso, com nota fiscal).
    • Forma de restituição (vale-compra, troca por outro item, reembolso).
  • Exceção: se houver defeito (vício), aplicam-se as regras de garantia legal do CDC (para bens duráveis, como celulares, o prazo para reclamar é de 90 dias; o fornecedor tem 30 dias para sanar o vício; não sanado, o consumidor pode optar por substituição do produto, abatimento proporcional do preço ou restituição da quantia paga). Mas isso é outro cenário, diferente do “não gostei”.

3) Cuidados específicos ao devolver um iPhone

Antes de enviar de volta, faça estes passos para evitar retenção por bloqueio de ativação ou perda de dados:

  • Faça backup dos seus dados.
  • Desative o Buscar iPhone/Find My e o Bloqueio de Ativação:
    • Ajustes > [seu nome] > iCloud > Buscar > Buscar iPhone > desativar.
    • Remova o aparelho da sua conta iCloud/Apple ID (pode ser pelo iCloud.com se necessário).
  • Saia do seu Apple ID no aparelho.
  • Apague Conteúdo e Ajustes:
    • Ajustes > Geral > Transferir ou Redefinir > Apagar Conteúdo e Ajustes.
  • Remova o SIM físico, se houver, e desative/transferira o eSIM junto à operadora.
  • Limpe o aparelho suavemente e coloque película/capas fora da caixa original (são itens seus, a menos que façam parte do kit).
  • Inclua todos os acessórios originais, manuais e a nota fiscal.

Dicas de embalagem e prova:

  • Fotografe o aparelho e os acessórios na caixa antes de fechar.
  • Use a embalagem original com proteção adicional; lacre com cuidado.
  • Guarde comprovante de postagem/coleta e o número de rastreio.

4) Modelos práticos de mensagem

Para compras online (direito de arrependimento – art. 49 CDC):

Assunto: Exercício do direito de arrependimento – Pedido nº [número]
Prezados,
Dentro do prazo legal de 7 dias corridos a contar do recebimento do produto, venho exercer o direito de arrependimento previsto no art. 49 do CDC para o iPhone [modelo], IMEI [número], do Pedido nº [número], entregue em [data].
Solicito, por gentileza:

  1. Logística reversa (etiqueta de postagem ou coleta) para devolução;
  2. Reembolso integral de todos os valores pagos, incluindo frete, pela mesma forma de pagamento;
  3. Confirmação por escrito deste protocolo.
    Permanecerei à disposição e aguardarei as instruções de devolução.
    Atenciosamente,
    [Seu nome completo]
    [CPF]
    [E-mail e telefone de contato]

Para compras em loja física (política comercial da loja):

Assunto: Solicitação de devolução/troca por cortesia – Pedido/Nota Fiscal nº [número]
Prezados,
Adquiri um iPhone [modelo], IMEI [número], em [data], nesta loja física (NF nº [número]). Sem defeito no produto, venho solicitar devolução/troca por cortesia, conforme política comercial dessa empresa, dentro do prazo informado ao consumidor.
O produto está completo, com acessórios e documentação. Peço instruções sobre o procedimento e prazos.
Atenciosamente,
[Seu nome completo]
[CPF]
[Contato]

5) Perguntas frequentes rápida

  • A loja pode exigir que o produto esteja lacrado no arrependimento?
    • Em regra, não. O art. 49 não condiciona ao lacre; o consumidor pode avaliar o produto. Contudo, evite sinais de uso que possam caracterizar depreciação por mau uso.
  • Quem paga o frete de devolução no arrependimento?
    • O fornecedor.
  • A loja pode reter parte do valor ou impor multa/taxa?
    • Não, no arrependimento legal. O reembolso deve ser integral, incluindo frete.
  • Em quanto tempo recebo o estorno?
    • O CDC fala em devolução imediata; operadoras de cartão podem lançar o crédito em uma ou duas faturas, por fluxo operacional. Guarde os comprovantes.
  • Comprei em marketplace. Falo com quem?
    • Acione o vendedor pelo sistema do marketplace e a própria plataforma. Todos os integrantes da cadeia de consumo respondem solidariamente no CDC.
  • E se a loja se recusar a aceitar a devolução dentro dos 7 dias?
    • Registre tudo por escrito, guarde protocolos, reclame no consumidor.gov.br e no Procon. Persistindo, considere o Juizado Especial Cível.

6) Checklist rápido

  • Verifique se foi compra online/app/telefone e se ainda está dentro de 7 dias corridos do recebimento.
  • Formalize por escrito o arrependimento e peça protocolo.
  • Prepare o iPhone: desative Buscar iPhone, remova Apple ID, apague dados, remova SIM/eSIM.
  • Separe acessórios, manuais, NF, embalagem.
  • Embale, fotografe e poste com etiqueta/aguarde coleta.
  • Acompanhe o rastreio e cobre o estorno.
  • Em caso de negativa, Procon e consumidor.gov.br.

    * Reportagem: Val-André Mutran (Brasília-DF), especial para o Portal Ver-o-Fato.

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