O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou neste sábado (27.set.2025) que “qualquer agressão” contra seu país terá uma resposta “decisiva”. Ele deu a declaração durante seu discurso na 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York.
Lavrov também negou o envolvimento do país nos recentes incidentes envolvendo drones no espaço aéreo de países integrantes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte): “A Rússia está sendo acusada de planejar atacar a Otan e países da União Europeia. O presidente Vladimir Putin tem repetidamente rechaçado essas provocações”.
O chanceler também falou sobre as negociações para encerrar o conflito na Ucrânia, criticou o Ocidente por sua posição em relação ao Irã e condenou a violência contra palestinos em Gaza.
“Como o presidente Vladimir Putin enfatizou repetidamente, a Rússia permanece aberta a negociações sobre a eliminação das causas principais do conflito com a Ucrânia. A segurança da Rússia e seus interesses vitais devem ser garantidos de maneira confiável”, declarou.
Ainda em seu discurso, Lavrov disse que a Otan e a União Europeia utilizam a Ucrânia para iniciar uma “guerra real” contra a Rússia.
Na 3ª feira (23.set), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), mudou sua posição sobre a guerra na Ucrânia. Ele defende agora que Kiev não deve ceder seus territórios aos russos para encerrar o conflito iniciado em fevereiro de 2022.
DEFESA DO IRÃ
Ele também abordou a questão das sanções ao Irã, criticando o que chamou de “boicote diplomático do Ocidente” a Teerã.
O Irã voltou a enfrentar sanções econômicas e militares neste sábado após um período de 10 anos, devido ao seu programa nuclear. O mecanismo foi ativado pelo grupo E3 (Reino Unido, França e Alemanha) no final de agosto, permitindo o restabelecimento das sanções suspensas em 2015 após um acordo sobre o programa nuclear iraniano. O prazo para implementação dessas medidas era de até 30 dias.
As penalidades incluem um embargo total de armas e medidas econômicas contra o país. A Rússia tentou adiar o retorno das sanções, apresentando uma medida no Conselho de Segurança junto com a China, mas não obteve sucesso.