Araceli Lemos é pré-candidata do PSOL e promete campanha contra “mágica do marketing” de Helder Barbalho

 

A presidenta estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) no Pará, Araceli Lemos, confirmou que será pré-candidata ao Governo do Estado nas eleições de 2026. A informação foi dada à Revista Cenarium, que destacou que a decisão resulta de um consenso interno entre lideranças e dirigentes do partido em várias regiões do Pará.

De acordo com Araceli, o PSOL pretende disputar com chapa própria ao governo, ao Senado, à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa (Alepa), apostando em uma campanha centrada na crítica social e na mobilização popular. A ex-deputada estadual e sindicalista afirmou que o partido quer “tirar o véu que encobre a realidade paraense”, em referência ao governo Helder Barbalho (MDB).

Costumo dizer que seria muito maravilhoso que o povo paraense pudesse viver dentro das propagandas do governador Helder. Lá, tudo é lindo e maravilhoso. Mas só quem padece com a falta de saúde e com uma educação em frangalhos sabe que isso não passa de mágica do marketing”, declarou Araceli à Cenarium.

A pré-candidata criticou o que chama de “oligarquias que governam o Estado desde sempre”, e afirmou que o PSOL quer apresentar-se como uma alternativa popular.

“Queremos superar a grande contradição de sermos um Estado rico, mas com uma população submetida à miséria social humilhante”, disse.

Lideranças e nomes históricos

A pré-campanha deve contar com lideranças históricas do PSOL, como Edmilson Rodrigues, Marinor Brito, Lívia Duarte, Vivi Reis, entre outros nomes ligados à trajetória do partido no Pará, como Beto Andrade, Nazaré Lima, Fernando Carneiro, José Nery e Leila Palheta. Araceli destacou que a proposta é lançar uma campanha “bonita, alegre e aberta a todos e todas”, com ênfase na participação das mulheres, da juventude e da classe trabalhadora.

“A esquerda precisa ter cara própria para empolgar quem quer mudança. Tenho experiência e conhecimento para debater de igual para igual com as demais candidaturas do campo conservador”, concluiu.

Campanha de base e caravana estadual

Araceli anunciou também a criação da “Caravana do PSOL”, que deverá percorrer todas as regiões do Pará para ouvir as demandas locais e construir o programa de governo de forma participativa.

“Não se trata de impor de cima para baixo um programa. Uma campanha vitoriosa precisa ser ancorada em uma forte participação social”, afirmou.

Entre as bandeiras centrais estão a defesa da Amazônia e dos povos tradicionais, a valorização da educação pública, o fortalecimento do SUS, e um modelo de desenvolvimento sustentável que gere empregos e enfrente a concentração fundiária e mineral.

Aliança nacional com Lula

Mesmo com candidatura própria ao governo estadual, o PSOL do Pará integrará a aliança nacional pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Araceli ressaltou o compromisso do partido com a unidade da esquerda, mas com independência frente às forças políticas tradicionais do Estado.

“Marcharemos na ampla aliança que reelegerá Lula e sepultará a extrema direita. O compromisso do PSOL com a unidade da esquerda é real, mas isso se completa com um projeto independente das forças oligárquicas que governam o Pará”, disse.

A dirigente também reconheceu o peso eleitoral de Lula no Estado e afirmou que o apoio do presidente será determinante na disputa.

 

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