Paulo Rocha foi senador de 2015 a 2023. Foto: Alessandro Dantas
Em meio à movimentação das forças políticas que começam a se articular para as eleições de 2026, um manifesto em defesa do ex-senador Paulo Rocha (PT) ganhou força entre militantes, apoiadores e lideranças históricas do Partido dos Trabalhadores no Pará. O texto, divulgado em redes internas do partido e em grupos de apoiadores, defende o retorno de Paulo Rocha ao Senado Federal, destacando sua trajetória política e legislativa ao longo de mais de quatro décadas de atuação. Atualmente, Paulo é superintendente da SUDAM no estado.
A candidatura, no entanto, esbarra em acordos do partido com o governador do Pará, que também pretende concorrer o Senado e não aceita dividir a disputa entre aliados locais. O PT, oficialmente, ainda não se posicionou sobre o assunto.
Manifesto
O documento afirma que a história do PT “se encontra com a do companheiro Paulo Rocha”, ressaltando sua origem no interior do Pará, sua militância sindical no Sindicato dos Gráficos, sua participação na fundação do PT e da CUT, e sua passagem pela presidência estadual do partido, além dos mandatos na Câmara dos Deputados e no Senado.
Entre as conquistas legislativas atribuídas a Paulo Rocha, o texto cita leis de forte impacto social, como a Lei da Anistia aos Sindicalistas (8.632/93), a Lei que Define o Trabalho Escravo (9.777/98), a Lei do Seguro Defeso aos Pescadores (10.779/03) e a Lei Paulo Gustavo (195/22), entre outras.
O documento ressalta ainda que a candidatura de Rocha representa a continuidade da boa política, marcada pelo diálogo democrático, o respeito às diferenças e o compromisso com o interesse público.
“Apoiar o nome do companheiro Paulo Rocha como pré-candidato ao Senado Federal em 2026 é um imperativo urgente e histórico. Pelo Pará, pelo Brasil, por Lula, pelo PT, por mim, por você e pela boa política – somos tod@s Paulo Rocha”, conclui o texto.
Disputa em cenário dominado pela direita
O manifesto ganha relevância num momento em que a disputa pela vaga ao Senado no Pará tende a se concentrar entre nomes da direita e do campo conservador. Até agora, estão no páreo Éder Mauro (PL), Zequinha Marinho (Podemos), Celso Sabino (União Brasil), Chicão (MDB) e Helder Barbalho (MDB). Outros partidos ainda devem apresentar suas candidaturas.
Com a eventual candidatura de Paulo Rocha, o campo progressista e lulista teria uma representação competitiva, capaz de dialogar com a base social do PT e da esquerda, e de defender um projeto alinhado ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Confira o manifesto no link: MANIFESTO SOMOS TOD@S PAULO ROCHA Senador do Pará de Novo
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