O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), disse nesta 4ª feira (8.out.2025) que permanecerá no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar do processo disciplinar aberto pelo União Brasil. A Executiva Nacional do partido se reúne ainda nesta manhã para votar a possível expulsão do ministro e a dissolução do diretório do Pará, sob sua presidência.
Sabino também disse ter a confiança do presidente e classificou como “equivocadas e açodadas” as decisões do União Brasil e defendeu que ainda há tempo para buscar diálogo. “Fico, tenho a confiança do presidente Lula, e pretendo continuar desenvolvendo os trabalhos que venho fazendo no Ministério do Turismo”, declarou a jornalistas ao chegar para reunião do partido.
Segundo o ministro, a proximidade da COP30, que será realizada em Belém em novembro, torna inoportuna qualquer mudança no comando do Turismo. “Nós estamos a 30 dias da realização da COP30, a maior reunião diplomática que existe no planeta. Eu não vejo como oportuno que a gente tenha uma interrupção no trabalho que vem sendo feito”, afirmou.
Sabino citou o desempenho do setor para justificar sua permanência. “O Brasil, que nunca recebeu antes nem 7 milhões de turistas estrangeiros, este ano deve receber 10 milhões. O setor tem faturado como nunca antes faturou, gerando emprego no país inteiro”, declarou.
O ministro afirmou ainda que pretende disputar as próximas eleições. “Não pretendo sair [do partido]. Pretendo ser candidato e vou defender sempre o que for melhor para o Estado do Pará”, disse.
Em 2 de setembro, o União Brasil e o PP anunciaram a saída do governo Lula e pediram que todos os filiados deixassem os cargos. Sabino chegou a protocolar sua demissão em 26 de setembro, mas recuou a pedido do presidente. A legenda o acusa de infidelidade partidária.